domingo, 1 de abril de 2012

Economia Colonial


 




• A Caesalphina Echinata

Após a chegada dos primeiros portugueses ao Brasil, os portugueses logo perceberam que não teriam um lucro imediato como os espanhóis nas suas colônias americanas. O único produto que poderia ser explorado seria o pau-brasil, que passou a ser explorado por particulares como o Fernando de Noronha.
Este privilégio dado pela coroa portuguesa para Noronha estava simplesmente vinculado a questão portuguesa de não gastar com as colônias americanas manter o foco da exploração nas especiarias da Índia e da China, que no momento dava maiores lucros ao Estado português.
A partir do momento em que as especiarias não vão mais dar o lucro esperado a Coroa Portuguesa, a mesma resolve voltar-se para a exploração de sua colônia na América e com isso também se dá o período de colonização das terras brasileiras pelo reino português.


• O Cultivo da cana-de-açúcar

A plantação da cana-de-açúcar no Brasil só deslanchou a partir da chegada de Martim Afonso de Sousa, que trouxe peritos e mudas de da planta para produção brasileira. Como o produto era muito cobiçado pelos europeus, ele vêm a se tornar o principal produto de vinculação econômica da colônia gerando lucros para a Metrópole.
A plantação e extração de cana-de-açúcar já tinha sido iniciada nas ilhas do açores e de Cabo Verde pelos portugueses. A utilização de latifúndios foi desenvolvida em larga escala com a utilização da mão-de-obra escrava. A plantação era voltada para monocultura de exportação, ou seja, a produção de um único gênero voltado para o mercado externo. Isso se chama plantation. Além das mudas de açúcar, os portugueses trouxeram também os equipamentos necessários para produção de açucar, além de toda mão-de-obra a ser empregada e as técnicas de fabricação.


• Os engenhos de açúcar

A partir de 1530 a produção de açúcar espalhou-se por todo o litoral da América portuguesa, principalmente na Bahia e em Pernambuco. Em 1570 a industria açucareira estava totalmente instalada nas capitanias do Nordeste.
Como os portugueses não se propunham a participar da atividade açucareira, os que vinham para cá viver da produção do açúcar exigiam terras e muitos trabalhadores para uma exploração quase que ilimitada. Mas para os trabalhos mais apurados eram utilizados trabalhadores livres.
Até o final do século XVI, o índio foi utilizado amplamente nos engenhos de açúcar. Aos poucos, a mão-de-obra foi mudando para o negros africanos mais por resistência dos índios do que por outro motivo. Quando os portugueses passam a perceber o lucro que eles obtinham com o tráfico de escravos negros, passam a só autorizar a utilização de mão-de-obra dos africanos.
O trabalho nos engenhos colocava lado a lado os escravos negros, indígenas e trabalhadores livres. Com o passar do tempo, alguns escravos passaram a também fazer funções de homens livres.


• A Estrutura dos engenhos

O engenho constituía na unidade econômica básica da colônia portuguesa nos séculos XVI e XVII. O engenho era formado pela casa-grande, a capela e a senzala. O engenho era símbolo de poder por parte do senhor de engenho e erguia-se como modelo de organização da colônia.
Pequenos lavradores cultivavam nas suas pequenas possessões produtos para sua subsistência. Isso era chamada de fazendas obrigatórias. Os trabalhadores livres ganhavam também terras em troca de prestação de favores ao senhor de engenho.


• Outras atividades econômicas

Apesar da tendência à monocultura de exportação, outras atividades agrícolas também foram desenvolvidas na colônia como a pecuária, o fumo e o algodão. A pecuária era necessária para o transporte de carga. O algodão era produzido por pequenos arrendatários e tinha um pequeno volume de exportação para a Metrópole, o grosso da produção era voltada para vestir os escravos. O fumo tornou-se um dos principais produtos da economia colonial, era consumido pelas camadas mais pobres e servia de mercadoria para troca de escravos na África. Sua produção concentrou-se na Bahia e Pernambuco.


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